sexta-feira, 6 de julho de 2007


A origem do pensamento marcial.




Segundo LACEY (1999), o Homem é uma raça que evoluiu de organismos unicelulares para o seu estado mias elevado por meio de uma série de transformações biológicas ocorridas a milhões de anos, onde muitos acreditam que o ser humano tinha vida marítima, uma pequena célula, que deu origem a uma outra forma de vida, e com o passar dos anos, foi tomando nova forma de vida até chegar no homem.

NICHOLAS (1999), afirma que Antropólogos acreditam que o homem tem sua origem em macacos antropóides, ou que este foi derivado de um ancestral antropóide em comum, que ao longo de milhões de anos evoluiu, mudando de forma até chegar no seu estado mais elevado, o homem, o que segundo eles, explica a existência do homem das cavernas, que seria uma das fases da evolução do homem.

Mas entre as diversas teorias sugeridas pelos Antropólogos evolucionistas, nenhuma delas possui comprovação aceita pela maioria dos estudiosos da antropologia, existem sim muitos casos isolados, mas que não oferecem nada de real, e além disso não há descobertas cientificas ou arqueológico para dar sustentação a nenhuma destas teorias.

Afirmam alguns cientistas que aproximadamente há 5 milhões de anos, surgia o homem sobre o planeta Terra, tendo provavelmente como berço o continente africano. Tinha início o longo, sangrento e, por vezes, glorioso caminhar da História.
Os estudiosos tradicionais dividiam a evolução humana em dois períodos: a Pré-História, caracterizada pela ausência de escrita, e a História propriamente dita, quando se formaram as primeiras civilizações. Essa divisão é bastante simplista e conceitualmente errada, pois, sendo o homem um agente histórico por definição, seu aparecimento e suas primeiras atividades já caracterizam uma realidade que, efetivamente, pode ser denominada de “histórica”. Além disso, os antigos historiadores definiam a Pré-História pelo critério da carência: ausência de Estado, falta de sofisticação tecnológica, economia estritamente de subsistência e desconhecimento da escrita. Em suma, comunidades selvagens e, por conseguinte, desprovidas de História. Essa visão nos parece preconceituosa, pois parte do conceito de que o processo civilizatório só teve início quando nasceram as estruturas e os valores que a nossa cultura, neles baseada, define como tais. Também a Pré-História é dividida em períodos: o Paleolítico, o Mesolítico e a Idade dos Metais, desdobrada em período do Bronze e o do Ferro.

As idéias gerais da teoria da evolução das espécies sofreram, aos poucos, alterações e aperfeiçoamentos. Todavia, as bases do evolucionismo subsistem até hoje e o nome de Darwin (Charles Darwin, naturalista inglês (1809-1882), à sua doutrina.) ficou ligado a uma das mais notáveis concepções do espírito humano.

Acreditamos que desde o primeiro golpe desferido com um osso em direção a um objeto ou ser vivo originou os golpes de espada que hoje aperfeiçoados, denotam a perfeição da técnica atual em relação às suas origens.

É inevitável não estabelecermos a origem do pensamento marcial às guerras. Daí o fato de ser chamado de artes marciais, que remonta a origem do deus marte, ou o deus da guerra.

Explicarei melhor:

MITOLOGIA (Aurélio Buarque de Holanda):

s. f. 1. Descrição geral dos mitos. 2. Estudo dos mitos. 3. História dos mistérios, cerimônias e culto com que os pagãos reverenciavam os seus deuses e heróis.

MI.TO (Aurélio Buarque de Holanda):

s. m. 1. Fábula que relata a história dos deuses, semideuses e heróis da Antiguidade pagã. 2. Interpretação primitiva e ingênua do mundo e de sua origem. 3. Coisa inacreditável. 4. Enigma. 5. Utopia. 6. Pessoa ou coisa incompreensível.

Marte (Ares), deus sanguinário e detestado pelos imortais, nunca teve grande importância entre as populações helênicas. Em numerosas localidades, parece até haver sido inteiramente desconhecido, e se o seu culto conservou na Lacônia importância maior que alhures, deve-se à rudeza dos habitantes de tal país. Foi somente entre os romanos que Marte adquiriu importância verdadeira e permanente; o tipo de Palas conformava-se muito mais ao gênio grego. Com efeito, Palas é a inteligência guerreira, ao passo que Marte nada mais é do que a personificação da carnificina. Ávido de matar, pouco lhe importa saber de que lado está a justiça e cuida apenas de tornar mais furiosa a luta.

O deus da guerra e da violência aparece-nos sempre em atitude de repouso. Tem, por vezes, numa das mãos a Vitória, como Júpiter ou Minerva. Vemo-lo com tal aspecto numa famosa estátua da Villa Albani. Uma linda pedra gravada mostra Marte segurando com uma das mãos a Vitória e com a outra a oliveira, símbolo da paz proporcionada pela vitória. A maioria das vezes usa um capacete e empunha uma lança ou gládio. Aparece, assim, em várias medalhas, mas as estátuas que o representam isoladamente não são demasiadamente comuns entre os gregos. Entretanto, a bela estátua do Louvre, conhecida pelo nome de Aquiles Borghese passa hoje por ser um Marte. Explica-se o elo que usa num dos pés pelo hábito de certos povos, e notadamente os lacedemônios, de agrilhoarem o deus da guerra.

Parece ter sido o escultor Alcameno de Atenas quem fixou o tipo de Marte, tal qual surge habitualmente nos monumentos artísticos. Os atributos habituais do deus são o lobo, o escudo e a lança com alguns troféus. Uma medalha cunhada na época de Seotímio Severo nos mostra Marte com uma lança, um escudo e uma escada para o ataque. Sob tal aspecto, Marte recebe o epíteto de Teichosipletes (o que sacode as muralhas). Em geral, porém, não tem real importância na arte a não ser pela sua ligação com Vênus.



Empédocles fixou quatro princípios materiais que ele chamou "raízes", e a física posterior chamou "elementos": Terra, Água, Ar, e Fogo. Dois outros princípios, o amor e a discórdia, agem como verdadeiras "causas eficientes" um associando, outro dissociando os elementos. "Nascer" e "vir a ser" não significam geração a partir do não ser, mas associações dos elementos, isto é, de seres. "Morrer", "corromper-se" não são anulações no não-ser, mas dissociação dos elementos, cada um dos quais eterno e incorruptível como o ser de Parmênides.

É dito por muitos que, o homem em suas essência, quando se encontrava em seu estado de guerra, era alimentado e iluminado pelos deuses ou Kami.

No epistemológico, Platão distingue o mundo sensível, dos fenômenos, e o mundo inteligível das idéias, demonstrando que o mito é uma alegoria a respeito das duas principais formas de conhecimento na teoria das idéias. O mundo sensível, acessível aos sentidos, é a multiplicidade, do movimento, é ilusório, pura sombra do verdadeiro mundo. Mesmo assim, se percebemos inúmeras abelhas dos mais variados tipos, a idéia de abelha deve ser uma, imutável, a verdadeira realidade. Baseado nesta afirmação, Plutão aproxima-se do instrumento teórico de Parmênides, aliando-se aos ensinamentos de Sócrates, elaborando assim uma teoria original, chamada de teoria da participação, que previa o mundo dos fenômenos como o mundo das idéias quando o mesmo influenciasse as idéias.

Platão resolve a oposição entre as idéias de Heráclito e Parmenideo: onde o mundo das idéias se refere ao ser parmenídeo, "ser imóvel", e o mundo dos fenômenos ao dever heraclitiano, "mutabilidade essencial do ser”. Em o mito da caverna, o filosofo é aquele que se libertou das correntes ao contemplar a verdadeira realidade e ter passado da opinião (doxa) à ciência (episteme), e deve retornar ao meio dos homens p/ orientá-los.

Com Aristóteles, veio a preocupação em definir a ciência como conhecimento pelas causas, capaz de superar enganos da opinião e de compreender a natureza do dever. Segundo sua analise, a oposição entre o mundo sensível e o inteligível (tradição de Heróclito, Parmênides e Platão, que era seu mestre) recusa soluções apresentadas e critica o mundo "separado" das idéias platônicas.

Foram três distinções fundamentais para a formação da teoria de Aristotélica;

1-A Substância, que fundia o mundo sensível ao inteligível, determinando que aquilo que é, é si mesmo.

2-A Essência que atribuía a uma substância que com a sua falta não seria o que é.

3-O Acidente que determinava que a presença ou não da substância não deixaria de ser o que é.

Portanto, a substância individual "este homem" tem como características essenciais os atributos pelos quais este homem é homem (Aristóteles diria, a essência do homem é a racionalidade) e outros acidentais (como ser gordo, velho ou belo), atributos esse que não mudam o ser do homem em si.

Contudo Aristóteles achava que esses conceitos não bastavam, então recorreu às noções de formas e matéria. Segundo sua definição, forma "é tudo aquilo que faz com que uma coisa seja o que é". E a matéria "é o princípio indeterminado de que o mundo físico é composto, é aquilo de que é feito algo". Através destas definições que se pode explicar o dever. Todo ser tende a tornar atual a forma que tem de si como potência. Podemos citar também os conceitos de ATO e POTÊNCIA, onde definimos uma potência como a capacidade de tornar-se alguma coisa, sendo que sofra a ação de outro ser já em ato. O movimento é, pois, a passagem da potência para o ato.

Em verdade, a arte marcial apresentada no mundo contemporâneo é muito diferente dos processos de aprendizado e execução da idade moderna.

Analisando de forma mais profunda e, adentrando um pouco na filosofia empregada no meio marcial, analisando por um contexto geral no ocidente para que depois, em outro artigo, eu possa explicar este processo no oriente, dada a ruptura lógica entre o pensamento tradicional, teísta, e o pensamento moderno, imanentista, não se podem achar causas racionais dessa mudança, mas apenas práticas e morais. Em seguida virá a justificação teórica da nova atitude espiritual, que será constituída por todo o pensamento moderno em seu desenvolvimento lógico.

O grandioso edifício ideal da Idade Média, em que a religião e civilização, teologia e filosofia, Igreja e Estado, clero e laicado, estavam harmonizados na transcendente unidade cristã, foi, de fato, destruído pelo humanismo imanentista, que constitui o espírito característico do pensamento moderno. Este pensamento começa com a prevalência dada aos interesses e aos ideais materiais e terrenos, com o conseqüente esquecimento dos interesses e ideais espirituais e religiosos; e torna-se completo com a justificação dos primeiros e a exclusão dos segundos. É precisamente o que acontece com os homens inteiramente entregues aos cuidados mundanos: primeiro se esquecem das coisas transcendentes, e, em seguida, querendo ser coerentes, negam-nas.

Entretanto, se não há causas lógicas do pensamento moderno, há, porém, precedentes especulativos, que, valorizados pela nova atitude espiritual, se tornarão fontes especulativas do próprio pensamento moderno. No caso das artes marciais em sua essência de entendimento, subentende-se uma grande semelhança entre os guerreiros espartanos, gregos e japoneses.

Assim sendo, talvez a influência da necessidade tenha sido a grande responsável pelo desenvolvimento das formas marciais apresentadas na antiguidade que refletiram na era contemporânea.

O inconsciente coletivo apresenta a realidade de que em toda nação desenvolveram-se grupos de esquerda que possuíam suas técnicas específicas e direcionadas.

Naturalmente, além do problema das fontes, as circunstâncias históricas e culturais das relações sociais na sociedade medieval serviram de atenuante para a maior parte dos historiadores que tentaram explicar as revoltas camponesas do século XIV. Portanto, a visão que defendo aqui — a que a Jacquerie foi uma guerra entre as ordens (e não classes) sociais — de maneira nenhuma possui consenso, embora a crônica de Froissart passe exatamente esta impressão, como veremos adiante. Para a impossibilidade da adoção do conceito de classe para este período, ver Fourquin (op. cit.: 222-223); para o uso deste conceito na Idade Média, ver Jacques Le Goff (op. cit.: volume II).

Feitas estas considerações preliminares, antes de tratar do depoimento de Jean Froissart sobre a Jacquerie, farei uma breve digressão sobre algumas passagens de documentos medievais onde o sentimento da condição de servo se fez presente. Este será o recorte das fontes: qual a sensação de viver nas camadas inferiores.

Em outras palavras, onde e de que forma surge no documento a consciência de pertencer a uma ordem subalterna e explorada — isto apesar de todos os direitos que eles também possuíam — e a estreiteza do contato social que existia entre senhor e servo: “Na realidade, nunca os contatos foram mais estreitos entre as classes ditas dirigentes — neste caso os nobres — e o povo: contatos que a noção de laço pessoal facilita, essencial para a sociedade medieval — que as cerimônias locais, festas religiosas e outras multiplicam, e nas quais o senhor encontra o rendeiro, aprende a conhecê-lo e partilha a sua existência muito mais estreitamente que nos nossos dias os pequenos burgueses partilham a dos seus criados” (PERNOUD, s/d: 47).

Esta consciência de pertença a um grupo aparece em lampejos cronísticos, fontes que são sempre escritas por gente que não pertencia a esta ordem — mais um problema da natureza documental — mas, que mesmo assim, nos mostra que a sociedade medieval não era tão harmoniosa como os textos a princípio nos fazem crer. Jacques Le Goff já assinalou bem o motivo pelo qual as fontes medievais silenciam os antagonismos sociais: o quase monopólio literário dos clérigos até o século XIII (LE GOFF, op. cit., vol. II: 55).

Pierre Bonnassie distingue duas fases na história das revoltas camponesas da Idade Média:

1) do final do século X até o século XII e
2) séculos XIV-XV (BONASSIE, 1985: 127) — na Alta Idade Média, a documentação simplesmente omite a existência do camponês: “não há camponês nem mundo rural na literatura dos séculos V e VI” (LE GOFF, 1980: 121-133).

O autor propõe três motivos:

1) A ideologia da Alta Idade Média não era favorável ao trabalho, privilegiando o modo de vida militar e a vida contemplativa;
2) O peso econômico e social do campesinato tornou-se quase nulo;
3) A arte torna-se abstrata e o realismo social e humano regride, o que provoca esta ausência do camponês também nas representações artísticas do período.

Por sua vez, Georges Duby destaca o motivo comum das revoltas camponesas medievais: a resistência aos impostos (DUBY, 1988: 213). Para a primeira fase das revoltas, selecionei duas passagens de fontes onde a consciência de pertença a um grupo oprimido está presente: uma revolta na Normandia em 996 brutalmente sufocada pelos barões e um diálogo fictício entre um amo e seu escravo, na Inglaterra anglo-saxã do século X.

No que conhecemos por história, Bodhidharma é o pai das artes Marciais. Dizem na China que, quando o homem de Nenderthal utilizou-se pela primeira vez de um osso ou de uma pedra para melhorar suas qualidade na luta, surgiu o KUNG FU. Pois bem, iremos abordar um pouco de história para melhor conhecer a origem das Artes Marciais.

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